Kitsch - termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objectos de valor estético distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente. São frequentemente associados à predilecção do gosto mediano e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões que não são autênticos, tomar para si valores de uma tradição cultural privilegiada. (in Wikipedia)
Hoje lembrei-me do kitsch. Depois de me ter sido apresentado o conceito numa banda desenhada de um ex-namorado meu (é incrível como me lembro melhor da banda desenhada do que do namorado), o termo passou para aqueles sítios perdidos para onde vão as palavras finas e refundidas que fazem parte do grande leque de vocabulário utilizado para escrever teses, textos sentimentalistas (e tão profundos como a depressão que uma bola de ping pong faz ao cair, de 10 centímetros de altura, no chão) e textos ridículos acerca de alguém. De qualquer modo, a palavra ficou por ali perdida e esquecida ao lado do aparato e por cima do exacerbado (não me perguntem porquê).
Ocorreu-me mais tarde que nunca tinha chegado a perceber como é que este termo se enquadrava numa bd acerca de gatos que andam sobre duas patas e vivem num mundo mais avançado que o nosso, onde as gatas têm rabos curvilíneos e um peito de meter respeito e os gatos cara de badboy com barba de 3 dias e cigarro à James Dean. Acho que isso vai ter de ficar para mais tarde.
Kitsch. É incrível a capacidade do ser humano para aumentar ainda mais aquilo que por si só já é um exagero.
Podia para aqui ficar a debitar uma data de características sobre o termo e todas as vertentes que desempenha no mundo da arte e da moda. Não quero. Não me apetece, porque não foi por isso que desatei a falar no kitsch.
Kitsch. É incrível a capacidade do ser humano de associar e transpor para outras realidades conceitos que em nada se parecem com a questão.
Hoje lembrei-me do kitsch por tua causa. Verdade seja dita, ainda me rio só de pensar o bem que te assenta o termo.
1 comentário:
Ah!
N'"A Insustentável Leveza do Ser", o Milan Kundera faz grandes alusões ao Kitsch.. Reforço a ideia - Tens que ler.. ou pelo menos tentar: p
Tenho um exemplar em Lisboa e posso emprestar-to. Desta forma podes continuar a consumir livros acima dos 2,5 kg : )
P.s (post scriptum em comentários é de pseudo-intelectual!) - É lindo quando as letras aleatórias que nos aparecem para darmos conta aos Blogs que somos humanos acabam por formar uma palavra que existe!
E para isso nem consigo ter comentários !
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