Um dia, sem querer,
tropecei numa caixa
Um trambolho qualquer,
já meio amassado,
que me suplicou:
"Por favor, leva-me contigo!"
Não me levem a mal
mas apanhei-a do chão
Mal sabia eu!
Se hoje soubesse,
a tristeza que me traria,
passava pela caixa numa correria!
Então não é que a maldita,
depois de tanto me tentar,
fez com que eu a abrisse!
Tamanho era o feitiço que continha
que me levou sem refilar
Como me arrependo agora!
Tinha-a deixado no chão!
Mas não!...
Enfeitiçada de tal modo
e sabendo que era tua
tratei-a com carinho
em vez de a por na rua
O fim já se previa
Um dia dei pela sua falta
e tudo esmoreceu!
Perdida para sempre!
Nunca mais a teria na mão
E soube logo, nesse instante,
que me roubou o coração
Que sina a minha!
Que mau olhado!
Nunca mais tropeço em tamanho achado!
Cada vez que vejo uma,
espojada no chão,
dou-lhe um pontapé
e espero que, com sorte,
caia em merda de cão!
(já é antigo mas sempre lhe achei piada)
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